História Paraná

História do Paraná é um domínio de estudos dahistória do Brasil, voltado para a análise dos fatos históricos no estado do Paraná, que se estende desde as primeiras expedições exploradoras, no século XVI, até os dias atuais. No entanto, a história do estado começa antes do descobrimento do Brasil, quando o atual território do estado era habitado por povos indígenas, como os tupi-guaraniskaingangues e xoclengues. Entre as primeiras cidades que foram fundadas, estão ParanaguáCuritiba,CastroPonta GrossaPalmeiraLapaGuarapuava ePalmas.

Síntese

No século XVI o Paraná, entao em grande parte território da coroa Espanhola, foi colonizado primeiramente pelos Jesuitas. Em 1554 Domingos Irala, Governador do Paraguai fez fundar Ontiveros, a uma légua do Salto das Sete Quedas. Mais tarde, a três léguas de Ontiveros, fundou a Ciudad Real del Guayrá, na confluência do Rio Piquiri. E em 1576, foi fundado à margem esquerda do rio Paraná,Vila Rica do Espirito Santo. Com tres cidades e diversas "reduções" ou “pueblos” a regiao foi denominada com o status de "Provincia Real del Guaira". No século XVII os bandeirantes paulistas faziam incursões periodicas em seu vasto territorio, capturando-lhe os índios livres para escravisar-lhes. Já em 1629, os estabelecimentos dos Padres Jesuitas, com exceção de Loreto e Santo Inácio, estavam completamente devastados pelos bandeirantes paulistas e, em 1632, Vila Rica, último reduto espanhol capaz de oferecer resistência, foi sitiado e devastado por Antonio Raposo Tavares. Somente em 1820 o territorio ocidental do Paraná passou definitivamente a coroa Portuguesa passando a integrar politicamente a provincia de São Paulo, sendo conhecida como "Comarca de Curitiba". No seculo XVIII descobriu-se na região do Paraná uma área aurífera, anterior ao descobrimento das Minas Gerais, que provocou o povoamento tanto no litoral quanto no interior. Com o descobrimento dasMinas Gerais, o ouro de Paranaguá perdeu a importância. As famílias ricas, que possuíam grandes extensões de terra, passaram a se dedicar à criação de gado, que logo abasteceria a população dasMinas Gerais. Mas apenas no século XIX as terras do centro e do sul do Paraná foram definitivamente ocupadas pelos fazendeiros.

No fim do século XIX, mais fortemente a partir de 1860 e por efeito da Guerra do Paraguai a demanda dos mercados locais, da ArgentinaUruguai e Chile pela erva-mate paranaense passou a impulsionar a economia e criou uma nova fonte de riqueza para os líderes que partilhavam o poder. Com o aparecimento das estradas de ferro, ligando a região da araucária aos portos e a São Paulo, já no final do século XIX, ocorreu novo período de crescimento.

A partir de 1850, o governo provincial de São Paulo empreendeu um amplo programa de colonização, especialmente de alemães, italianos, poloneses e ucranianos, que contribuíram decisivamente para a expansão da economia paranaense e para a renovação de sua estrutura social.

O Paraná era parte da província de São Paulo, da qual se desmembraria apenas em 1853. Nessa época, a produção de café começou a ganhar destaque. O rápido desenvolvimento da cultura cafeeiraatraiu milhares de imigrantes das províncias do Sul, do Sudeste e do Nordeste do país.

O principal conflito ocorrido no Paraná foi a Guerra do Contestado (1912-1916), um dos eventos mais significativos da história do Brasil no século XX, no limite com o estado de Santa Catarina. Ao longo do século XX, o Paraná destacou-se pela criação de empresas agrícolas, muitas vezes de capitalestrangeiro, o que acelerou o processo de concentração de terras e de renda. Durante as décadas de1970 e 1980, milhares de pequenos camponeses deixaram o campo em direção às cidades ou a outros estados e até países. No final do século XX e início do XXI, o Paraná atraiu muitosinvestimentos externos e indústrias automobilísticas instalaram-se no estado.

Os primeiros habitantes

As terras que hoje pertencem ao estado do Paraná eram habitadas, durante a época dodescobrimento do Brasil, pelos carijós no litoral do estado, do grupo tupi e pelos caingangues do grupo .

As primeiras expedições exploradoras

Durante o século XVI, a região do atual Paraná ficou abandonada por Portugal. Aproveitando-se disto, inúmeras expedições de outros países visitaram-na. Muitas delas vinham em busca de madeiras de lei. As mais importantes foram as espanholas, que chegaram a criar núcleos de povoamento no oeste paranaense.

Povoamento

O povoamento do Estado começou com a chegada dos portugueses ao litoral por volta de 1545. Ainda em 1549, Hans Staden, alemão, que veio ao Brasil a bordo de navios portugueses e aqui permaneceu refém dos indígenas durante bom tempo, constatou que a Ilha de Superagüi abrigou o primeiro núcleo de portugueses no Paraná. Foi esse núcleo povoador que depois se radicou na Ilha da Cotinga, iniciando ali a civilização em terras paranaenses. Os bandeirantes, saíram de Cananéia por volta de 1560 em direção ao litoral sul brasileiro. Chegaram à Ilha da Cotinga, habitada por índios carijós, onde criaram uma povoação atestando a origem de Paranaguá, termo indígena que significa “grande mar redondo”, onde é o berço da civilização paranaense. Em 1553, o governador do Paraguai,Domingos Martinez de Irala, explorou o rio Paraná. No ano seguinte, Garcia Rodriguez de Vergarafundou a povoação de Ontiveros, próximo de Sete Quedas. Em 1557, Ruy Diaz Melgarejo fundou a povoação de Ciudad Real del Guairá, junto à foz do rio Piquiri. Em 1576, Melgarejo criou a Villa Rica del Espiritu Santo, na confluência dos rios Ivaí e Corumbataí. Estes foram o primeiros núcleos estáveis de povoamento do Paraná e a região onde se localizaram recebeu o nome de Guairá. Neles, a partir de 1610, os padres espanhóis organizaram missões ou reduções (aldeamentos de indígenas cristianizados) jesuíticas. Para maiores informações, veja Companhia de Jesus.

Somente no início do século XVII, com a descoberta de ouro de aluvião no território paranaense e a necessidade de índios para escravizar e que os luso-brasileiros começaram a ocupar a região, através de bandeiras que partiam de São Vicente.

Em 1602, a bandeira de Nicolau Barreto, que tinha a autorização do governador para procurar ouro eprata, desceu os rios Tietê e Paraná e atingiu o Guairá, onde aprisionou numerosos indígenas. Inutilmente, os espanhóis do Paraguai protestaram junto a dom Francisco de Sousa, então governador do Brasil naquela época.

Em 1611, quando os índios já estavam aldeados nas missões jesuíticas, nova bandeira dirigiu-se aoGuairá. Seu chefe era Pedro Vaz de Barros, que voltou outras vezes à região.

Entre os ávidos predadores (caçadores de índios) que, durante a segunda e terceira décadas doséculo XVII, freqüentaram o Guairá, estão Sebastião Preto e seu irmão Manuel Preto. Mas foi a bandeira de Antônio Raposo Tavares, organizada em 1628, que de fato inaugurou o ciclo de caça aoíndio.

bandeirante paulista Raposo Tavares atacou as missões jesuíticas e aprisionou milhares de índiosaldeados, levando-os para São Vicente.

Em 1631, os vicentinos destruíram Ciudad Real del Guairá e Villa Rica del Espiritu Santo, que foram abandonadas pelos habitantes. Sem condições de resistir aos ataques dos bandeirantes vicentinos, os jesuítas espanhóis resolveram abandonar o Guairá, e migraram para regiões mais distantes com os indígenas que restaram. A destruição das missões, contudo, não foi seguida de imediato povoamento da região pelos luso-brasileiros. Em meados do século XVII, com o desenvolvimento damineração, o alemão Heliodoro Eobanos, guia de vários bandeirantes, fundou a povoação deParanaguá. Com a chegada de muitos moradores, Paranaguá, através do requerimento do bandeirante Gabriel de Lara, foi elevada à categoria de vila através da Carta Régia de 29 de julho de1648. Depois, e também devido à mineração surgiu outra povoação: Nossa Senhora da Luz e Bom Jesus dos Pinhais, atual Curitiba, elevada a vila em 1693.

Por alguns anos, os exploradores conseguiram retirar alguma quantidade de ouro, com muito trabalhoe pouco rendimento. A partir do descobrimento do ouro das Minas Gerais pelos paulistas, no final doséculo XVII, a reduzida mineração do Paraná perdeu a importância. A população de Paranaguápassou a viver somente da agricultura, e nos campos de Curitiba, permaneceu a criação de gado.

Monumento ao Tropeiro na cidade da Lapa (PR).

Para atender às necessidades dealimentação e transporte dos mineradores das Minas Gerais, ocorreu uma grande procura de vacascavalos e mulas. Os campos de Curitiba e do atual Rio Grande do Sul, onde o gado se espalhava em grande quantidade, eram territórios muito favoráveis àpecuária.

Por volta de 1720, os paulistas começaram a buscar o gado do Rio Grande do Sul. Alguns anos depois, foi aberto o caminho Viamão-Sorocaba. Era um caminho que levava o gado das margens do rio da Prata e da lagoa dos Patos, no Sul, à feira de Sorocaba, em São Paulo, passando por Curitiba. Com isso, a região de Curitiba ganhou novo impulso e intensificou-se a ocupação de áreas de campos naturais dos planaltos paranaenses. Ampliava-se assim a conquista do interior.

Muitos paranaenses, passaram a dedicar-se ao rendoso negócio de comprar gado no Sul, engordá-lo em suas fazendas e vendê-lo em Sorocaba.

No final do século XVIII, quando o rendimento do ouro de Minas GeraisMato Grosso e Goiás tornou-se reduzidíssimo, os moradores de Curitiba instalaram novas fazendas de gado, começando a povoar o norte, sul e oeste do atual Paraná. O primeiro passo foi a conquista do vale do rio Tibagi. Em 1770, começou a exploração dos campos de Guarapuava, definitivamente colonizados só na metade doséculo XIX. Nessa época colonizaram-se os campos de Palmares. A ocupação dos campos naturais do oeste, pela criação de mulas, coincidiu com a expansão, também para o oeste, da lavoura cafeeira em São Paulo, que exigia cada vez maior número de animais para o transportes.

Sempre como conseqüência da expansão dos currais de gado, nasceram então as cidades dos campos: CastroPonta GrossaPalmeiraLapaGuarapuava e Palmas, todas do século XIX.

Mas a ocupação das terras paranaenses só se completaria efetivamente no século XX, com aimigração européia, o desenvolvimento da extração da madeira, o avanço das plantações de café deSão Paulo para o setentrião do Paraná e as correntes de migração interna originárias dos Estados limítrofes de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.

Império

Em 19 de novembro de 1811, foi criada a Comarca de Paranaguá e Curitiba, como território integrado à Capitania de São Paulo. Em 6 de julho do mesmo ano, a Câmara Municipal de Paranaguá apelou ao príncipe regente, Dom João IV, solicitando a emancipação da comarca e a criação da capitania do Paraná, independente de São Paulo. Mesmo após a Independência do Brasil, porém, os paranaensescontinuaram submetidos a São Paulo.

Dois episódios tornaram evidente a importância política e estratégica da região: a Guerra dos Farrapos e as Revoltas Liberais de 1842.

Guerra dos Farrapos (1835 a 1845), que começou no Rio Grande do Sul e se espalhou pela Província de Santa Catarina, era contra a centralização política imposta pelas exigências e o encarecimento dos produtos da pecuária sulina. As Revoltas Liberais de 1842, em Minas Gerais eSão Paulo, foram promovidas pelo Partido Liberal, contra o ato de Dom Pedro II que dissolveu a Assembléia Geral.

Em 6 de fevereiro de 1842, uma lei provincial de São Paulo, elevou Curitiba à categoria de cidade.

economia paranaense expandia-se com a produção local da erva-mate, exportada para os mercados argentinouruguaioparaguaio e chileno, além do comércio de gado. O mate era o principal produto de exportação do Paraná, na época.

Em 29 de agosto de 1853, foi aprovado o projeto de criação da província do Paraná por força da lei imperial nº 704, assinada por Dom Pedro II. Embora a lei tivesse sido aprovada, o fato é que aEmancipação política do Paraná ainda demorou quatro meses para se concretizar. Como resultado de lei imperial, em 19 de dezembro de 1853, a província do Paraná desmembrou-se da de São Paulo, deixando de ser a 5ª Comarca de São Paulo. Curitiba foi escolhida como capital da nova província e, na mesma data da emancipação política da província, chegou à capital Zacarias de Góis e Vasconcelos, o primeiro presidente do Paraná, que logo declarou que todos os seus problemas de administração poderiam ser resumidos em um só: povoar um território de 200.000 km² que contava com apenas 60.626 hab. Essa população distribuía-se principalmente nas cidades de Curitiba eParanaguá.

A partir de então, um programa oficial de imigração européia contribuiu para a expansão do povoamento e o aparecimento de novas atividades econômicas. As maiores levas de imigrantes que chegaram foram os polonesesucranianosalemães e italianos e, os menores contingentes, suíços,franceses e ingleses. Para receber os novos habitantes para a região, foram fundados núcleos coloniais, principalmente no Planalto de Curitiba. Iniciou-se a exploração da madeira.

O novo impulso de desenvolvimento ocorreu com a implantação de ferrovias na Província. Em 1880, iniciavam-se as obras de construção da Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá, atravessando um dos trechos mais íngremes da Serra do Mar. Entre picos abruptos e abismos, engenheiros brasileiros construíram uma das obras-primas da engenharia mundial. Em 1885, os trens passaram a correr pela primeira vez entre Paranaguá e Curitiba.

indústria madeireira desenvolveu-se com o aparecimento de outras ferrovias, ligando as regiões dasMata de Araucárias aos portos, principalmente de Paranaguá, e à São Paulo. Grande número deserrarias ia acompanhando as ferrovias em direção ao interior do Estado. Com o avanço das estradas de ferro que acompanhavam a expansão do café de São Paulo, o transporte com mulas foi desaparecendo. O declínio do comércio de muares acarretou uma crise na sociedade pastorilparanaense.

 

República

Embora contasse com alguns clubes e dois jornais republicanos, Livre Paraná, em Paranaguá e a A República, em Curitiba, o movimento em favor das idéias republicanas foi muito fraco. Na Assembléia Provincial existia apenas um republicano, Vicente Machado da Silva Lima, que se destacaria na política paranaense nos primeiros anos da República.

A partir da Proclamação da República, em 1889, intensificou-se o povoamento do Paraná. Já nesse ano, a Estrada de Ferro Sorocabana atingia Botucatu e avançava em direção ao vale do rio Paranapanema, onde estavam as terras roxas do norte paranaense. Com a estrada aumentou a penetração de cafeicultores mineiros e paulistas, que fundavam fazendas e criavam cidades nos vales dos rios ParanapanemaCinzas e Jataí.

Em 9 de janeiro de 1892, o Paraná adotou sua primeira bandeira, aprovada pela Assembléia Legislativa, através do Decreto Estadual nº 8, da mesma data em que foi promulgada.

A obstinada resistência oposta às tropas federalistas na cidade de Lapa (PR), pelo Coronel Gomes Carneiro, frustrou as pretenções rebeldes de chegarem à capital da República.

Revolução Federalista, que pretendia depor o chefe da nação, Floriano Peixoto, e o então governador do Rio Grande do SulJúlio de Castilhos, e a Revolta da Armada, rebelião deflagrada no Rio de Janeiro também contraFloriano Peixoto, alastraram-se pelo sul do país e repercutiram no Paraná. Em 1894, os federalistas reuniram-se aos contingentes daRevolta da Armada, que rumaram para o sul e tomaram CuritibaTijucas do SulLapa,Paranaguá e Antonina. Numerosos combates foram travados no Paraná entre os revoltosos e as forças legalistas, que sufocaram as duas revoltas.

Em 1912, iniciou-se a Guerra do Contestado, um movimento armado que opôs os habitantes pobres da região situada entre os rios UruguaiPelotasIguaçu e Negro às forças oficiais. Os rebeldes eram liderados por José Maria de Santo Agostinho, um curandeiro tido por santo. Além disso, a região era disputada por Santa Catarina e pelo Paraná, daí o nome de Contestado. As divergências entre os dois Estados e a luta dos sertanejos só terminaram em 1916.

Os partidários da Revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas à presidência da República, dominaram com facilidade o Paraná. O estado ficou até 1935 sob intervenção federal. Neste ano, realizaram-se eleições. Mas em 1937, Vargas deu um golpe de Estado, iniciando um período de oito anos de ditadura. Durante toda essa época, destacou-se no Paraná a figura de Manuel Ribas, que dirigiu o estado de 1932 até 1935, como interventor, de 1935 até 1937, como governador eleito, e de1937 até 1945, novamente como interventor. Durante sua administração foram construídas estradas, o Hospital das Crianças, escolas rurais e de pescadores e foi ampliado o cais do porto de Paranaguá.

Somente no século XX o território paranaense foi efetivamente ocupado. Na década de 1920, toda a região centralizada pelas cidades de TomazinaSiqueira Campos e Jacarezinho já estava povoada. Em 1927, uma companhia inglesa iniciou a colonização do norte paranaense. Fundaram-se cidades, entre as quais, Londrina (1931) e Maringá (1948). Descendentes de imigrantes italianos e alemães doRio Grande do Sul, a partir da década de 1940, subindo de sul para norte, ultrapassavam o rio Iguaçu, avançando pelo oeste paranaense, ao longo do rio Paraná, até encontrar os plantadores de café, a outra fonte de migração interna que descia do norte para o sul.

Tendências atuais

O estado é um dos que mais progridem no Brasil. A agropecuária ainda é a base de sua economia. Mas o setor secundário, tradicionalmente ligado ao aproveitamento de produtos florestais e agrícolas, vem-se modificando com a implantação de ramos industriais mais avançados e a absorção detecnologia moderna.

A conclusão das obras e o pleno funcionamento da Usina Hidrelétrica de Itaipu contribuíram ainda para desenvolvimento do estado. A construção da usina, a maior do mundo, é resultado de um convênio entre os governos do Brasil e do Paraguai.

Um programa da Petrobrás de industrialização do xisto, que inclui a criação de usina em São Mateus do Sul, também fortaleceu a posição do estado na economia brasileira.

As geadas, contudo, são um grave problema para a agricultura paranaense. Em 1975, atacaram duramente os cafezais do Paraná, dizimando-os por completo. Em 1983, grandes enchentes assolaram o estado. No verão de 1985-1986, o estado, como toda a Região Sul do Brasil, foi assolado por prolongada seca, que prejudicou a agricultura e o fornecimento de energia elétrica.

Lista de governadores do Paraná

Presidentes do período imperial (1853 — 1889)

Nome início do mandato fim do mandato
1 Zacarias de Góis 19 de dezembro de 1853 3 de maio de 1855
2 Teófilo Vitório Ribeiro de Resende 3 de maio de 1855 27 de julho de 1855
3 Henrique Pedro Carlos de Beaurepaire-Rohan 27 de julho de 1855 1 de março de 1856
4 Vicente Pires da Mota 1 de março de 1856 26 de setembro de 1856
5 José Antônio Vaz de Carvalhais 26 de setembro de 1856 11 de novembro de 1857
6 Francisco Liberato de Matos 11 de novembro de 1857 26 de fevereiro de 1859
7 Luís Francisco da Câmara Leal 26 de fevereiro de 1859 2 de maio de 1859
8 José Francisco Cardoso 2 de maio de 1859 16 de março de 1861
9 Antônio Barbosa Gomes Nogueira 16 de março de 1861 31 de março de 1863
10 Manuel Antônio Ferreira 31 de março de 1863 5 de junho de 1863
11 Sebastião Gonçalves da Silva 5 de junho de 1863 7 de março de 1864
12 José Joaquim do Carmo Júnior 7 de março de 1864 18 de junho de 1864
13 André Augusto de Pádua Fleury 18 de junho de 1864 19 de agosto de 1864
14 Agostinho Ermelino de Leão 19 de agosto de 1864 18 de novembro de 1864
15 André Augusto de Pádua Fleury 18 de novembro de 1864 4 de junho de 1865
16 Manuel Alves de Araújo 5 de junho de 1865 18 de agosto de 1865
17 André Augusto de Pádua Fleury 18 de agosto de 1865 23 de março de 1866
18 Agostinho Ermelino de Leão 23 de março de 1866 15 de novembro de 1866
19 Polidoro César Burlamaque 15 de novembro de 1866 17 de agosto de 1867
20 Carlos Augusto Ferraz de Abreu 17 de agosto de 1867 31 de outubro de 1867
21 José Feliciano Horta de Araújo 31 de outubro de 1867 5 de maio ou 29 de maio de1868
22 Carlos Augusto Ferraz de Abreu 5 de maio ou 29 de maio de1868 14 de setembro de 1868
23 Antônio Augusto da Fonseca 14 de setembro de 1868 28 de agosto de 1869
24 Agostinho Ermelino de Leão 28 de agosto de 1869 26 de novembro de 1869
25 Antônio Luís Afonso de Carvalho 27 de novembro de 1869 20 de abril de 1870
26 Agostinho Ermelino de Leão 3 de maio de 1870 24 de dezembro de 1870
27 Venâncio José de Oliveira Lisboa 24 de dezembro de 1870 15 de janeiro de 1873
28 Manuel Antônio Guimarães 15 de janeiro de 1873 13 de junho de 1873
29 Frederico José Cardoso de Araújo Abranches 13 de junho de 1873 2 de maio de 1875
30 Agostinho Ermelino de Leão 2 de maio de 1875 8 de maio de 1875
31 Adolfo Lamenha Lins 8 de maio de 1875 16 de julho de 1877
32 Manuel Antônio Guimarães 16 de julho de 1877 17 de agosto de 1877
33 Joaquim Bento de Oliveira Júnior 17 de agosto de 1877 7 de fevereiro de 1878
34 Jesuíno Marcondes de Oliveira e Sá 7 de fevereiro de 1878 23 de março de 1878
35 Rodrigo Otávio de Oliveira Meneses 23 de março de 1878 31 de março de 1879
36 Jesuíno Marcondes de Oliveira e Sá 31 de março de 1879 23 de abril de 1879
37 Manuel Pinto de Sousa Dantas Filho 23 de abril de 1879 4 de agosto de 1880
38 João José Pedrosa 4 de agosto de 1880 3 de maio de 1881
39 Sancho de Barros Pimentel 3 de maio de 1881 26 de janeiro de 1882
40 Jesuíno Marcondes de Oliveira e Sá 26 de janeiro de 1882 6 de março de 1882
41 Carlos Augusto de Carvalho 6 de março de 1882 26 de maio de 1883
42 Antônio Alves de Araújo 26 de maio de 1883 3 de setembro de 1883
43 Luís Alves Leite de Oliveira Belo 3 de setembro de 1883 5 de junho de 1884
44 Brasílio Augusto Machado de Oliveira 5 de junho de 1884 21 de agosto de 1885
45 Antônio Alves de Araújo 24 de agosto de 1885 18 de setembro de 1885
46 Joaquim de Almeida Faria Sobrinho 20 de setembro de 1885 29 de setembro de 1885
47 Alfredo d'Escragnolle Taunay 29 de setembro de 1885 3 de maio de 1886
48 Joaquim de Almeida Faria Sobrinho 3 de maio de 1886 26 de dezembro de 1887
49 Antônio Ricardo dos Santos 29 de dezembro de 1887 9 de fevereiro de 1888
50 José Cesário de Miranda Ribeiro 9 de fevereiro de 1888 30 de junho de 1888
51 Ildefonso Pereira Correia 30 de junho de 1888 4 de julho de 1888
52 Balbino Cândido da Cunha 4 de julho de 1888 18 de junho de 1889
53 Jesuíno Marcondes de Oliveira e Sá 18 de junho de 1889 23 de agosto de 1889
54 Joaquim José Alves 3 de setembro de 1889 11 de setembro de 1889
55 Jesuíno Marcondes de Oliveira e Sá 12 de setembro de 1889 16 de novembro de 1889

[editar]Governantes do período republicano (1889 — 2011)

Nome Início do mandato Fim do mandato Observações
1 Francisco José Cardoso Júnior 17 de novembro de1889 4 de dezembro de1889 presidente nomeado
2 José Marques Guimarães 4 de dezembro de1889 18 de fevereiro de1890 presidente nomeado
Uladislau Herculano de Freitas 18 de fevereiro de1890 4 de marçode 1890 vice-presidente nomeado em exercício
3 Américo Lobo Leite Pereira 4 de marçode 1890 28 de julhode 1890 presidente nomeado
Joaquim Monteiro de Carvalho e Silva 28 de julhode 1890 28 de agostode 1890 vice-presidente eleito em exercício
4 Serzedelo Correia 28 de agostode 1890 3 de novembro de1890 presidente nomeado
Joaquim Monteiro de Carvalho e Silva 3 de novembro de1890 27 de dezembro de1890 vice-presidente eleito em exercício
5 José Cerqueira de Aguiar Lima 27 de dezembro de1890 3 de junho de1891 presidente nomeado
6 Generoso Marques dos Santos 3 de junho de1891 29 de novembro de1891 presidente nomeado
Roberto Ferreira
Bento José Lamenha Lins
Joaquim Monteiro de Carvalho e Silva
29 de novembro de1891 25 de fevereiro de1892 membros da Junta Governativa
7 Francisco Xavier da Silva 25 de fevereiro de1892 12 de abril de1893 presidente nomeado
Vicente Machado da Silva Lima 12 de abril de1893 1 de janeirode 1894 vice-presidente eleito em exercício
8 Teófilo Soares Gomes 1 de janeirode 1894 21 de janeirode 1894 presidente nomeado
9 João Meneses Dória 21 de janeirode 1894 24 de marçode 1894 presidente nomeado
10 Francisco José Cardoso Júnior 24 de marçode 1894 3 de abril de1894 presidente nomeado
11 Tertuliano Teixeira de Freitas 3 de abril de1894 abril/maio de1894 presidente nomeado
12 Antônio José Ferreira Braga abril/maio de1894 abril/maio de1894 presidente nomeado
Vicente Machado da Silva Lima maio de 1894 maio/junhode 1894 vice-presidente eleito em exercício
13 Francisco Xavier da Silva maio/junhode 1894 25 de fevereiro de1896 presidente nomeado
14 Santos Andrade 25 de fevereiro de1896 3 de abril de1899 presidente nomeado
José Bernardino Bormann 3 de abril de1899 10 de maiode 1899 vice-presidente eleito em exercício
15 Santos Andrade 10 de maiode 1899 25 de fevereiro de1900 presidente nomeado
16 Francisco Xavier da Silva 25 de fevereiro de1900 25 de fevereiro de1904 presidente eleito em comícios populares
17 Vicente Machado da Silva Lima 25 de fevereiro de1904 13 de abril de1906 vice-presidente eleito em comícios populares, assumiu o cargo de presidente
18 João Cândido Ferreira 13 de abril de1906 21 de julhode 1907 vice-presidente eleito em comícios populares, assumiu o cargo de presidente
19 Joaquim Monteiro de Carvalho e Silva 21 de julhode 1907 25 de fevereiro de1908 vice-presidente eleito em comícios populares, assumiu o cargo de presidente
20 Manuel de Alencar Guimarães 25 de fevereiro de1908 26 de abril de1908 vice-presidente eleito em comícios populares, assumiu o cargo de presidente
21 Francisco Xavier da Silva 26 de abril de1908 25 de fevereiro de1912 presidente eleito em comícios populares
22 Carlos Cavalcanti de Albuquerque 25 de fevereiro de1912 25 de fevereiro de1916 presidente eleito em comícios populares
23 Afonso Camargo 25 de fevereiro de1916 25 de fevereiro de1920 presidente eleito em comícios populares
24 Caetano Munhoz da Rocha 25 de fevereiro de1920 25 de fevereiro de1924 presidente eleito em comícios populares
25 Caetano Munhoz da Rocha 25 de fevereiro de1924 25 de fevereiro de1928 presidente reeleito em comícios populares
26 Afonso Camargo 25 de fevereiro de1928 5 de outubrode 1930 presidente reeleito em comícios populares
27 Mário Alves Monteiro Tourinho 5 de outubrode 1930 29 de dezembro de1931 interventor federal
João Perneta 29 de dezembro de1931 30 de janeirode 1932 interventor federal interino
28 Manuel Ribas 30 de janeirode 1932 3 de novembro de1945 interventor federal
29 Clotário de Macedo Portugal 3 de novembro de1945 25 de fevereiro de1946 interventor federal
30 Brasil Pinheiro Machado 25 de fevereiro de1946 6 de outubrode 1946 interventor federal
31 Mário Gomes da Silva 7 de outubrode 1946 6 de fevereirode 1947 interventor federal
32 Antônio Augusto de Carvalho Chaves 6 de fevereirode 1947 12 de marçode 1947 interventor federal
33 Moisés Lupion 12 de marçode 1947 31 de janeirode 1951 governador eleito por sufrágio universal
34 Bento Munhoz da Rocha Neto 31 de janeirode 1951 3 de abril de1955 governador eleito por sufrágio universal
Antônio Anibelli 3 de abril de1955 1 de maio de1955 presidente da Assembléia Legislativa, governador substituto
35 Adolfo de Oliveira Franco 1 de maio de1955 31 de janeirode 1956 governador eleito pela Assembléia Legislativa
36 Moisés Lupion 31 de janeirode 1956 31 de janeirode 1961 governador eleito por sufrágio universal
37 Nei Braga 31 de janeirode 1961 17 de novembro de1965 governador eleito por sufrágio universal
Antônio Ferreira Rüppel 17 de novembro de1965 20 de novembro de1965 presidente da Assembléia Legislativa, governador substituto
38 Algacir Guimarães 20 de novembro de1965 31 de janeirode 1966 governador eleito pela Assembléia Legislativa
39 Paulo Cruz Pimentel 31 de janeirode 1966 15 de marçode 1971 governador eleito por sufrágio universal
40 Haroldo Leon Peres 15 de marçode 1971 23 de novembro de1971 governador eleito indiretamente
41 Pedro Viriato Parigot de Sousa 23 de novembro de1971 11 de julhode 1973 governador eleito indiretamente. Faleceu no exercício do cargo.
42 João Mansur 11 de julhode 1973 11 de agostode 1973 governador substituto por morte do titular.
43 Emílio Hoffmann Gomes 11 de agostode 1973 15 de marçode 1975 governador eleito indiretamente
44 Jaime Canet Júnior 15 de marçode 1975 15 de marçode 1979 governador eleito indiretamente
45 Nei Braga 15 de marçode 1979 14 de maiode 1982 governador eleito indiretamente
46 José Hosken de Novais 14 de maiode 1982 15 de marçode 1983 vice-governador eleito indiretamente, assumiu o cargo de governador
47 José Richa 15 de marçode 1983 9 de maio de1986 governador eleito por sufrágio universal
48 João Elísio Ferraz de Campos 9 de maio de1986 15 de marçode 1987 vice-governador eleito por sufrágio universal, assumiu o cargo de governador
49 Álvaro Dias 15 de marçode 1987 15 de marçode 1991 governador eleito por sufrágio universal
50 Roberto Requião de Mello e Silva 15 de marçode 1991 2 de abril de1994 governador eleito por sufrágio universal
51 Mário Pereira 2 de abril de1994 1 de janeirode 1995 vice-governador eleito por sufrágio universal, assumiu o cargo de governador
52 Jaime Lerner 1 de janeirode 1995 1 de janeirode 1999 governador eleito por sufrágio universal
- Jaime Lerner 1 de janeirode 1999 1 de janeirode 2003 governador reeleito por sufrágio universal
53 Roberto Requião de Mello e Silva 1 de janeirode 2003 4 de setembro de2006 governador eleito por sufrágio universal
54 Hermas Eurides Brandão 4 de setembro de2006 1 de janeirode 2007 presidente da Assembléia Legislativa
- Roberto Requião de Mello e Silva 1 de janeirode 2007 1 de abril de2010 governador reeleito em sufrágio universal
55 Orlando Pessuti 1 de abril de2010 1 de janeirode 2011 vice-governador eleito por sufrágio universal, assumiu o cargo de governador
56 Carlos Alberto Richa 1 de janeirode 2011 1 de janeirode 2015 governador eleito em sufrágio universal

 

Legenda
cor significado
verde mandatários eleitos por votação direta
azul mandatários eleitos por votação indireta ou que assumiram na qualidade de representantes do Poder Legislativo
bege mandatários nomeados diretamente pelo governo central

 

fonte: WiKIPÉDIA